[Around The World] XLII. Domingo de Sol e Praia, Kitsilano Beach, Jericho Beach, Another Shooting Day, Andanças e Afins

29 de Julho de 2012. Meu último Domingo em Vancouver…

Graças ao trio Fabiana, Dimitri e Eric – família Canadá Diário, tive um maravilhoso Domingo de sol e praia, com direito a piquenique e tudo mais!

O dia estava lindo! Pegamos o Skytrain sentido VCC-Clark e descemos na estação Commercial-Broadway, onde o Dimitri entrou em uma pizzaria chamada Megabite Pizza para comprar uma para comermos na praia.

Oi? Pizza na praia? Como assim?

Desde a infância eu sempre tive a pizza como um alimento raro e consumido apenas em especialíssimos jantares de final de semana, ou em rodízios (quando era festa ou aniversário de alguém).

Mas comer pizza na praia, em plena luz do dia pareceu algo bem esquisito, mas que eu achei bem interessante.

Lembrando que a pizza comum vendida lá na América do Norte é bem ao estilo Pizza Hut, ou seja, aquela massa mais grossa que parece um pão e o recheio é meio seco, sem aquele derramamento de queijo das nossas deliciosas pizzas feitas em São Paulo!

É como um lanche, na minha humilde opinião.

Também havíamos comprado uns salgadinhos no mercado para beliscarmos durante o dia. Escolhi um que parecia um Doritos, mas que na verdade tinha um gosto muito forte e avinagrado.

Enfim, pegamos um ônibus até Kitsilano Beach, onde fizemos nosso delicioso piquenique na praia (sem farofices e farofagens!), passeamos, curtimos, tiramos fotos e procuramos um lugar para gravarmos mais algumas cenas para nosso curta The Burden (O Fardo).

Nossa! Como as praias de Vancouver são limpas, lindas e tranquilas! Mesmo com tanta gente curtindo o Verão ao máximo, não encontrei baderna, lixo, correria, gritaria e bagunça por lá. Encontrei até arte!!!

Esta é mais uma da Vancouver Biennale:

Fomos beirando a Kitsilano Beach até chegarmos a um lugar mais sossegado onde pudéssemos gravar nossas cenas, mas acabou não dando muito certo.

Mas nossa desistência não teve nada a ver com o ratinho que encontramos por lá e que ficou preso nas pedras, tadinho! rs

Decidimos pegar um ônibus até outra praia, a Jericho Beach, que por sinal estava mais vazia e era bem mais bonita.

Ah, o fim de tarde! Tão belo, tão tranquilo, tão pacífico…

Enquanto a Fabiana brincava com o Eric na areia, Dimitri e eu gravamos a cena final do curta. Depois disso, aproveitamos a beleza do lugar para darmos uma descansada.

Não sou muito fã de praia, mas uma das coisas que eu amo fazer é tirar uma soneca na areia! Ah, me faz tão bem!

Se eu entrei na água esse dia? Só molhei os pezinhos e olhe lá! A água estava muito gelada e, por incrível que pareça, eu sentia frio o tempo inteiro, mesmo com o solzão brilhando lá no céu!

Ao final do dia, pegamos um ônibus para o centro de Vancouver e passamos no 7Eleven para eu provar um daqueles Slurpees que eu nunca tinha experimentado na vida! É tipo uma raspadinha de gelo com suco ou xarope de refrigerante misturado. Na verdade é gelo puro com um leve saborzinho de qualquer coisa. Até que é bom no começo, mas depois enjoa e não dá para tomar até o final!

E como hoje foi o dia de experimentar coisas diferentes, Dimitri e Fabiana fizeram questão que eu conhecesse mais uns quitutes que são vendidos nos mercados de lá. Corn Chips, Molhinho de Alcachofra e Veggie Crisps!

E assim terminamos nosso Domingo com um lanchinho leve: sanduba de pão com queijo, paté de alcachofra, salada e salgadinho de milho!

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Segunda-feira, 30 de Julho de 2012.

Acordei cedo, tomei banho, brinquei com o Eric, o menino mais supimpa que eu conheço, e saí para dar um passeio no intuito de procurar algum brechó onde eu pudesse vender algumas roupas exóticas que eu tinha.

Lembro que eu havia marcado em um caderninho alguns locais que eu pretendia passar e fiz uma espécie de roteiro para não perder muito tempo.

A ideia de vender minhas roupas era pelo fato de eu não ter onde colocá-las, afinal eu havia comprado tantas coisas para meus pais, meu noivo, parentes, amigos e, principalmente, para minha irmã, que eu acabei sem espaço na mala…

E eu não queria comprar outra de jeito nenhum!!!

Pelas minhas andanças em busca de um brechó, percorri a Commercial Drive a pé, com calma e sem me preocupar com horários e afins.

Como a maioria dos lugares só aceitaria pegar minhas roupas para vender em sistema de consignação, eu acabei nem deixando-as lá, pois as roupas só poderiam ficar nas lojas durante 3 meses. Se não fossem vendidas eu deveria buscá-las de volta. E como eu iria embora naquela semana…

Bom, aproveitei para curtir o dia passeando e olhando as coisas ao redor.

É claro que eu ia fotografando coisas interessantes que eu via, como por exemplo essa cabine telefônica, esse bar com a placa de uma cerveja belga e esse restaurante chamado Belgian Fries!!!

Claro que pensei em meu Príncipe Encantado, que a essa altura já deveria estar ansioso por minha volta!

Também não pude deixar de lembrar de alguns amigos que apreciam essa (blérght) coisa verde…

Falando em coisa verde, parei para almoçar uma saladinha (que foi uma facada!) no InSalata, que fica no Pacific Centre. Eu sempre via esse buffet de saladas na praça de alimentação e nunca tinha parado para comer lá, afinal minha meta durante a viagem era gastar o menos possível e isso incluía o almoço que eu sempre levava de casa, digo, da minha homestay.

Perambulando mais um pouco por Vancouver, acabei indo parar na Granville Street, onde encontrei essa incrível Comic Shop que logo me fez lembrar Meu Amado e uma porrada de amigo nerd que eu tenho.

É claro que eu entrei para dar uma olhadinha no que tinha de bom nessa tal Golden Age Collectables.

Uau! Até eu que não sou geek fiquei encantada com as coisas que vi lá. Só os preços que não me encantaram muito, porém acabei comprando uns bottons e um incrível cortador de pizza do seriado Star Trek para o Meu Amado!

Continuei passeando em Vancouver até me dar conta de que estava bem tarde e eu deveria voltar antes que meus amigos ficassem preocupados. Mais de um mês no Canadá e eu ainda não havia me habituado com os longos dias de verão e claridade no Hemisfério Norte!

E como meus amigos sempre queriam que eu experimentasse algo novo, após o jantar, me apresentaram essa maravilha em forma de sorvete:

Hmmm!!! Tudo é tão mais gostoso em Vancouver! Até o sorvete!

E para finalizar o dia, o menino mais supimpa que eu conheço fez uma obra de arte especialmente para mim:

– Óun! Ele me desenhou!!! Não é fofo e talentoso esse menino?

Puxa… Meu coração já estava apertado por eu ter que ir embora…

Mas eu tinha em mente que um dia eu iria voltar…

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Bom, estamos chegando ao fim das postagens relacionadas a esta magnífica viagem…

Aguardem os próximos episódios com o desfecho dessa experiência de intercâmbio + passeios + gravações + amigos + coisas novas + lugares lindos e etc…

Obrigada pela visita e até mais!

😉

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Agradecimentos mais do que especiais ao trio Fabiana, Dimitri e Eric, por terem me tratado tão bem durante todos esses dias em que fiquei com eles. Está para nascer família mais supimpa, inteligente e anfitriã de qualidade como esta!!! ❤

 

[Around the World] II. Por que eu escolhi Vancouver?

Quando decidi que queria fazer Intercâmbio, eu não sabia exatamente para onde ir, mas pelo menos eu sabia para onde NÃO ir.

Então parti para a eliminação.

– EUA? Agora não. Já estive nos EUA quando fui para a Disney. Eu gostaria de conhecer um país diferente.

– Austrália? Bom… Tenho vontade de conhecer a Austrália, mas não para estudar.

– Inglaterra? Sinceramente eu não sou muito fã do Inglês Britânico…

E que tal o Canadá?

Puxa, Canadá é uma boa. O Inglês é gostoso de assimilar, a receptividade em relação ao Brasil é ótima e a cultura é bem bacana. Beleza! Vou para o Canadá!

Sei que a maioria dos estudantes prefere ir para a famosa e badalada Toronto, mas eu gostaria de um lugar mais calmo, menos parecido com São Paulo.

Pesquisando um pouquinho, descobri Vancouver. E quando fui lá visitar a agência de intercâmbio, dito e feito, o agente sugeriu Toronto e Vancouver, fez um comparativo e perguntou qual eu preferia. Vancouver, sem dúvida.

Pesquisando mais ainda, descobri alguns blogs de viagem e mergulhei de cabeça! O primeiro link que apareceu nas buscas foi o famoso: Canadá Para Brasileiros. Recomendo!

Tudo me deixou encantada a respeito de lá. A segurança, o sistema de transporte, as belas paisagens, os pontos turísticos, a qualidade de vida… Eu só lia coisa boas a respeito de Vancouver e não encontrei um blog sequer falando mal da cidade.

E para melhorar a situação, descobri que um casal de amigos meus moram lá. Eu sabia que eles tinham se mudado do Brasil para o Canadá, mas eu não sabia o nome da cidade. Quando soube que era em Vancouver, fiquei super feliz e comentei com eles. Prontamente os dois me encheram de dicas, informações, conselhos e tudo mais!

É óbvio que eu também aproveitei para dissecar o blog que eles fizeram: o Canadá Diário. Super recomendo!

Vi todos os videozinhos que eles postaram, vi todas as fotos, li todos os comentários e mal via a hora de embarcar em Março para lá. O bom é que eu pegaria o finalzinho do inverno, pensei.

Mas viajar em Março para o Canadá ficou só em pensamento, afinal eu tive que adiar minha viagem para Julho.

Motivo? Trabalho!

Vamos lá que eu explico.

Muita gente que me conhece sabe que eu trabalho com “Artes em Geral”. E durante muitos anos eu sempre trabalhei mais entre os meses de Abril e Dezembro. De Janeiro até Março era um marasmo total.

Quando fui escolher a data para o meu curso, pensei nos possíveis meses para viajar. Em Janeiro, além de ser aquela lenga-lenga de começo de ano, ainda tem o aniversário do meu ilustre Bom Marido.

Em Fevereiro, quem faz aniversário é a minha ilustre e única irmã. Sem falar que eu não curto esse mês que tem uma cara de “incompleto” (rs).

Em Março… Bom, Março sempre foi meio parado, sem muitos freelas. Então eu escolhi esse mês e pronto. Fechei o pacote para Março, me preparei psicologicamente para enfrentar um bom frio e até cheguei a trocar emails com a Host Family que me receberia.

Mas quando eu estava a ponto de comprar as passagens, eis que a dona da produtora para a qual eu trabalho disse: “Elaine, esse ano os lançamentos do espetáculo Os Brinquedos da Bebel serão nos meses de Fevereiro e Março, tá?”

Eu disse: “Tá!” e depois: “O QUÊ????”

Tive que explicar minha situação para minha chefinha, mas ela entrou em desespero dizendo que não queria colocar outra atriz no meu lugar e que, se fizesse isso, teria que ser a mesma para o ano inteiro, afinal trata-se da personagem principal do espetáculo.

E trata-se de um espetáculo programado para rodar São Paulo, Rio de Janeiro e Paraná até o fim do ano. O cliente, no caso o Grupo CCR, prefere que o elenco que apresenta o espetáculo nos lançamentos do Projeto Estrada Para a Cidadania seja o mesmo durante o resto do ano.

Eu já estava desanimada, pensando que ficaria sem atuar nesse divertidíssimo espetáculo, quando a minha brilhante chefinha fez uma sugestão e ao mesmo tempo um pedido: “Por que você não viaja em Julho ao invés de Março? Em Julho não tem o espetáculo Os Brinquedos da Bebel, afinal é época de férias nas escolas!”

Gênia!

Liguei para o meu agente na Central do Intercâmbio e perguntei se era possível alterar a data da viagem. Claro que sim, mas tem que pagar uma taxa. Nada muito abusivo, só 50 doletas… Ok, fazer o quê, né?

Alterei a data da viagem, paguei a taxa, comprei as passagens para Julho e fiz diversas maravilhosas apresentações do espetáculo Os Brinquedos da Bebel.

Valeu, chefinha Fabrícia Vivas!!!

E falando em chefinha, ela foi de vital importância para a  documentação da minha viagem.

Como?

Explico tudinho no próximo capítulo!

Não percam! 😉