Foto por Ricardo Zupa
Ser uma geminiana extremamente inquieta e com vontade de fazer mil coisas ao mesmo tempo, não é uma tarefa muito fácil.
Dá vontade de ser tudo ao mesmo tempo, de professora a austronauta, de artista a mãe de família, de advogada a jornalista… E nada parece estar bom, nada parece ser o suficiente, a menos que, um dia a ficha caia e o coração se acalme um pouco.
Quando eu era pequena, vivia desenhando. Era minha forma de expressão, meu jeitinho de me encontrar no mundo através de imagens, cores e rabiscos. Eu ficava nervosa quando não tinha onde desenhar. Saía desenhando pelas paredes, nos cadernos de receita da mamãe e até nos poucos livros, coitados, que eu encontrava pela casa. Um dia, mamãe teve a grande idéia de virar o calendário ao contrário (daqueles bem grandões de antigamente) e eu fiquei o dia inteiro desenhando naquela enorme folha branca inteirinha só para mim!
Eu, sentada no chão, desenhando…
Foto por Luiz Candido de Oliveira (o Papai Coruja)
Depois que aprendi a escrever, conciliava desenhos e escrita. Desenhava letras e escrevia desenhos. Passava horas e horas desenhando e escrevendo. Inventava tirinhas e histórias em quadrinhos (gastava várias folhas dos cadernos!) e me isolava em meu próprio mundo de criações.
Foi um grande salto até eu me considerar uma escritora de verdade. Na verdade demorei muitos anos para ter a idéia de lançar um livro, afinal muitas coisas que eu escrevia, eu mostrava para amigos e professores, ou postava em algum lugar da internet (redes sociais, fóruns e o Recanto das Letras). Nunca imaginei que lançar um livro seria possível.
Eu era apenas uma atriz que gostava de escrever. Agora sou, entre outras coisas, atriz e escritora. Sim, sou escritora, eu existo como escritora. Ainda que eu só tenha lançado um livro, que por sinal não é nenhum best-seller, eu preciso assumir que faço parte do mundo literário.
Partir para o segundo livro é mais difícil do que arriscar lançar o primeiro. O primeiro é sempre um xodozinho, o primogênito que a gente quer curtir por muito tempo. Confesso que já ensaiei lançar o próximo livro há muito tempo, mas não tive coragem de deixar o primeiro de lado.
Elaine Thrash autografando na Livraria da Vila.
Livro: “da depressão à criação”. Editora Giostri.
Foto por Fernanda Avanzi. Junho/ 2010
Mas é chegada a hora de me desapegar. Aliás, passou da hora. Já li, reli, revisei e alterei umas cinquenta vezes os textos da nova obra, mas não tive ainda a coragem de mostrá-los ao mundo. E com isso já estou acumulando o terceiro e o quarto livros, que já estão esboçados nos meus arquivos… Mas enquanto o segundo não sair, os outros vão ficar empacados.
Esse livro tem que sair logo! Que parto!
Bom… Marquei o segundo semestre de 2012 como deadline para mostrar minha segunda obra ao mundo. Dá até um frio na barriga pensar que o tempo voa e que, dentro de poucos meses eu precisarei de muita coragem para desempacar esse livro. (Depois o terceiro, o quarto e o quinto fluirão com mais facilidade. Assim espero!)
Por enquanto, os leitores podem acompanhar minhas atualizações no Recanto das Letras.
Sempre que posso, coloco lá textos, poemas, frases e muito sentimento. Só não coloco desenhos, porque não tive paciência de escanear nenhum! E falando nisso, há tempos eu não passo horas e horas desenhando e pintando… Talvez me faça bem voltar a essa prática, não acham?
Acessem: http://www.recantodasletras.com.br/autores/ethrash
Comentários sempre são muito bem vindos!
Um grande abraço!
😉
A atriz e escritora guarulhense Elaine “Thrash” Oliveira está prestes a lançar seu segundo livro, o divertido “Como ser um Bom Marido – Porque toda mulher tem o Príncipe Encantado (ou o Sapo) que merece!”
Elaine Oliveira 